segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

Novas confissões de ardor profundo

Era uma quarta feira normal quando eu andava de bicicleta e você de repente me vem à cabeça. Nem lembrava de sua existência, como da outra vez que nos encontramos. Naquela vez, seu olhar magnético despertou meu interesse, seu corpo envolveu o meu completamente, e no nosso bailado transcendemos os corpos, o momento, a dança. Ali pra mim já cheguei ao clímax. Mas, gulosa que sou, ainda fiquei querendo mais... Erro meu, de me deixar levar por essa volúpia. Não que eu seja contra viver os prazeres da vida. Mas o nosso encontro me estimulou a delirar... Nessas fantasias loucas que  minha mente cria, vivemos coisas impublicáveis, situações e posições que deixariam todos os cabelos do seu corpo arrepiados... (suspiros)...

Na sexta do nosso outro encontro não lembrava mais da sua existência, e jamais esperava te encontrar no meu caminho. Você veio até mim, me cumprimentou... Nesse dia, consegui me sair bem. Joguei meu charme, dei um sorriso e saí me sentindo uma fada farfalhante, super confiante de mim mesma.

Na quarta feira, eu já não estava tão bem. Semi doente, com uma gripe querendo chegar... Saí com a bicicleta para espairecer... e você me veio à mente de um jeito gostoso, um jeito de fim de tarde de verão, com sabor de esperança adolescente, e fantasias suaves. Te mandei um recado telepático, olhando nos seus olhos. Não obtive resposta, ah, mas ela viria, em forma energética que ali não ousava imaginar.

Neste dia acabei saindo pra encontrar uma amiga. Juro que era só pra encontrar a amiga! Tanto que me arrumei com uma roupa esquisita (era o que eu queria usar), bem indiferente ao ambiente e ao tipo de pessoas que eu iria encontrar. Mas, estranhamente.... um tesão incontrolável tomou conta de mim, um tesão sem nome, sem rosto, sem direção. Só o calor aquecendo meu canais, minha mão buscou o ponto do prazer, e ali em poucos minutos me satisfiz, só pelo prazer de sentir prazer. Confesso: Durante o ato, pensei também em você. Mas vagamente, só na lembrança do teu ser, não pensei nos atos inconfessos, nos roteiros maliciosos (e deliciosos) que tinha programado pra nós dois. Foi só um rosto, uma textura, só isso... Meio vago. Um sentimento de prazer e amor genuíno.

Na quarta feira, novamente sem imaginar que veria a sua pessoa. Te vi, de novo no meu caminho para o banheiro (seria uma sina?). Fiquei de perna bamba! Perdi a compostura e a confiança. Não acreditei que você estava ali, na minha frente, materializado da minha imaginação prévia - justamente no dia em que eu estava semi doente e totalmente despreparada para a conquista... Ah! as peças que a vida prega. Inclusive foi isso que te disse: não acredito. Você não entendeu, é claro. Jogou uma conversa fiada, um blablablázinho básico de porta de banheiro, e saiu mandando um beijinho bem sem graça. E mesmo assim eu fiquei, consternada, virada do avesso. Toda a energia magnética contida que eu havia domado, pulou pra fora e me envolveu em um manto de loucura e desejo, desejo de ser louca e te agarrar ali, na entrada do banheiro.

Me controlei, me segurei. Pensei mais uma vez deixar o senhor acaso cuidar dos nossos encontros, mas vi que ele não estava mais caprichando. O jeito era tomar coragem e agir, trazer para a realidade minhas fantasias, ou ao menos tentar.

Não foi fácil. Depois de superar outras barreiras pessoais, em um profundo processo de auto-descoberta e transformação acontecidas em outra área da minha vida que não a amorosa, decidi que esse simples ato - te telefonar - seria um outro passo para o meu crescimento. Se obtivesse retorno, logrado êxito, seria feliz, porque satisfeita. Se não obtivesse retorno, ou se fosse declinada a proposta, seria feliz, porque liberta. Ha ha - Você me deixou no limbo. Mas, feliz, por ter agido. Pacientemente, aguardo por cenas do próximo capítulo. E espero que sejam impróprias para menores de 18 anos....